Há um quadro
em casa da minha mãe
onde um cavaleiro de metal
persegue uma donzela feita de limões e primavera
e eu cresci,
tornei-me pai, tornei-me avô,
e quando volto a casa da minha mãe
(que ainda é viva porque as mães não morrem)
o cavaleiro ainda persegue
a mesma donzela
e a donzela ainda consegue escapar-lhe.
O que muda no quadro é a nossa leitura dele.
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