Remexes
nos livros
com
um estranho afã de jardineira.
Delicada
e ansiosa, acho-te diferente
de
perfil ao dobrares os joelhos,
contraindo
os músculos
por
dentro das calças. Morte lenta
contemplar,
sem lhe tocar,
essa
pequena tatuagem na cinta.
Os
peitos será melhor sofrer do que descrevê-los:
quem
se atreveria a pôr-se à frente dos tobogãs
que
unem a palavra e a coisa?
Por
isso fujo,
fingindo
distração.
Se
volvesses o olhar para quem te escreve
desaparecias,
e ainda é muito cedo.
Continua
lendo, Cláudia,
Fazes
bem em amar-te.

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