Diana Vilarinho - Cotovia




São panos que são de ferro d
a própria malha do mar

Tecidos de medo e erro e de um silêncio brutal

Caem no peso dos anos que nos atiram p'ra trás

Apagam tudo de preto vestem a vida de luto.


  O dia é da cotovia de noite o mocho assobia

  Quando vos calam a voz daqui respondemos nós.

  Lareiareia lareiá, lareiareia!


Sem cara lei que mascara a ferida que nunca sara

Maldade, orgulho, doente achar que mulher não é gente

Tratam a própria existência, loucura, incoerência

Homens sem amor de mãe hão de viver sempre aquém.


Rasgam-se as mortalhas, e os panos são laços

Que nos unem todas em todos os espaços.


Quando vos calam a voz, daqui respondemos nós!


      Já gostei do Festival da Eurovisão, que empobreceu a partir do momento em que desapareceram as orquestras, a música da indústria se impôs com luzes e mais luzes e coreografias que muito pouco ajudam a canção. Esta noite vi, escutei e esta foi a minha favorita. 


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