Tecidos de medo e erro e de um silêncio brutal
Caem no peso dos anos que nos atiram p'ra trás
Apagam tudo de preto vestem a vida de luto.
O dia é da cotovia de noite o mocho assobia
Quando vos calam a voz daqui respondemos nós.
Lareiareia lareiá, lareiareia!
Sem cara lei que mascara a ferida que nunca sara
Maldade, orgulho, doente achar que mulher não é gente
Tratam a própria existência, loucura, incoerência
Homens sem amor de mãe hão de viver sempre aquém.
Rasgam-se
as mortalhas, e os panos são laços
Que nos unem todas em todos os espaços.
Quando vos calam a voz, daqui respondemos nós!
Já gostei do Festival da Eurovisão, que empobreceu a partir do momento em que desapareceram as orquestras, a música da indústria se impôs com luzes e mais luzes e coreografias que muito pouco ajudam a canção. Esta noite vi, escutei e esta foi a minha favorita.
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