Quando
o melro de Pídio, o sapateiro,
fugiu
da gaiola, nós o esperávamos
no
pátio e cada sombra que passava
parecia
ele. E no entanto não era.
Até
que uma tarde, na sebe das canas,
qualquer
coisa negra baloiçava
mirando-nos
com uns olhitos que pareciam pontas de navalha.
Então
afastámo-nos da janela
e
fingimos deslocar as nossas cadeiras.
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