Nenhuma
pegada resta já sobre a neve.
Tão
pouco sobrará o frio quando lhe der o sol
para
a fazer em água, que doerá nos lábios, de tão pura.
E eu
hei-de bebê-la.
A
luz matará esta recordação branca.
Não
será o mar nem o chumbo escuro da noite,
mas
o corpo desnudo da aurora,
cada
dia.
Não
ficarão sequer as sombras
e
tudo levará o rio lentamente,
limpo
de nomes e de lama,
e
nem eu saberei quem sou
quando
anoitecer.
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