Todas
as manhãs esperava o teu regresso,
via
as aves invisíveis que te anunciavam
lá
do porto silencioso da memória.
O
dia do regresso era um lugar vazio de luz,
uma
palavra que dormia na sombra
que
te esperava sem nome.
Mas
nunca vi chegar as aves nem os barcos.
Senti
só o tacto cinzento da espera
a
descer as horas,
a abraçar-te
o corpo.
Exilar
a vida, lentamente,
em
cada onda a que se confessam
aqueles
que mataram.
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