Hoje, perguntando onde estás, e o
que fazes, ouço as palavras
tristes
da solidão que me responde, sem
nada me dizer, ao dizer-me tudo.
O que fazes e onde estás,
pergunto
ao silêncio que me deixaste; e
ouço
em mim a resposta, num eco que
vem de ti, perguntando por mim.
E neste espelho que entre mim e
ti
a ausência constrói, outro
espelho
reflecte o vazio da sua imagem,
até
esse infinito em que a minha
pergunta
te responde, para que me devolvas
o eco em que as nossas vozes se juntam.
Amar depois de amar porque este verbo não se conjuga no passado, quer o pretérito tenha sido perfeito ou imperfeito.
Sem comentários:
Enviar um comentário