Eloy Sánchez Rosilllo


Não vá a alegria assustar-se
ou teimar em ir-se embora,
escondo-a do mundo e não digo a ninguém
que me entrou em casa depois de muito tempo.
Falo com ela e muitas vezes
vê-la de novo tão próxima
dá-me para chorar e rio.
Depois deixo-a sozinha e saio
à rua muito sério.
Sem dizer a ninguém que a tenho em casa.
E espero que lá esteja, quando eu voltar.

Sem comentários:

Arquivo do blogue