Já
sei que não há saída,
mas
deixai-me ir por aqui,
não
me peçais para voltar.
Cravaram-se-me
os olhos
e a
carne,
e
não posso voltar,
e
não quero voltar.
Não
me griteis que não há
saída,
julgando
que eu não oiço,
que
não entendo.
Vossas
vozes tropeçam-me na crosta
e
caem como cascas,
que
eu piso ao andar.
Avanço
sozinha e alegre
na
exata manhã
pelo
meu próprio caminho
que
encontrei
embora não haja saída.
Talvez o Natal seja apenas um tempo desesperado de beleza poética, um tempo de fintar a razão e destino humano.

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