O sonho na prateleira
me olha com o seu ar
de boneco quebrado.
Paro diante dele muitas vezes,
e sorrimos um para o outro,
cúmplices de tantos desastres.
Quando o tomo nos braços,
como as bonecas, tão antigamente,
para ver se tem conserto ou fica
onde está,
dentro dele ainda bate
um pequeno tambor obstinado:
e marca, timidamente,
um ritmo paralelo nos meus passos.
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