José Carlos Soares


Hei-de evitar
as análises, sossegar
a torrente dos sentidos
que apagam o coração.

Deixar molhadas
no campo as palavras
como um ramo de mansas
cicatrizes.

E dar
à pesada alegria da esperança
o tímido sorriso
de quem recebe a graça
mas não a dádiva.

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