J. M. Fonollosa

«Foram quatro, sim, quatro e uma faca.
Já a lua morrera um dia antes.

Seguraram-lhe os braços pelas costas
e a roupa deparou com o sabor do campo.
Eram doces as suas pernas. Como o vinho.

Oito olhos muitas vezes se alternaram.
Parca foi sua defesa. Eram quatro, os homens.
Pude soltá-la passado um bocado.
Comigo pôs-me o braço ao pescoço.

Fomos quatro, sim, quatro e uma faca
que naquela noite no cinto me surgiu.
Morreu sem daquele meu abraço se soltar.

Não sei onde isto foi. Não me recordo.
Eu costumava ir a muitos sítios.»

O direito e o avesso dos amores entre o bem e o mal.

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