Adelino Ínsua

Começa por atentar ao que se passa entre a urze e as abelhas
à doce árvore entre a terra e o céu.
Sobe às alturas das pedras nuas,
estão difíceis estes tempos modernos para a contemplação,
na rarefacção dos lugares teofânicos.
Toma nos lugares mais baixos a beleza
de uma azeitona no silêncio do meio-dia estival.
Contemplações insignificantes
contemplações mais magnificentes.
Depois deves numerá-las: a cerimónia.
Para que germinem no teu vaso de ouro
e sobre elas desça o orvalho e o perfume dos cedros.

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