Mairéad Byrne - The way of the world

Mairead Byrne

The soldier met the woman half-way.
"Yu killed my daughter," she said.
"Yeah, I’m sorry about that," the soldier replied.
"But do you remember when I asked you for water
You refused me —
You wouldn’t treat a dog like that.
So I’m sorry about your daughter —
I hope you’re sorry about the water too."
"It’s not the same thing," said the woman.
"Not to you maybe," said the soldier.
"But who can account for hw another person feels?"
"You raped and killed my daughter," said the woman.
"I didn’t rape her. We had consensual sex."
"She was six."
"Look, there are mistakes on both sides.
We both have to live with that.
Your daughter is gone, get over it.
What I could use from you right now is water."

  Assim vai o mundo

O soldado encontrou a mulher no meio do caminho.
"Você matou a minha filha", disse ela.
"Sim, peço desculpa", respondeu o soldado.
"Mas lembra-se de que quando lhe pedi água
e você ma recusou ―
Nem a um cão isso se faz.
Ora desculpe o que aconteceu à sua filha ―
Espero que peça desculpa pela água, também".
"Não é a mesma coisa", disse a mulher.
"Talvez não seja para si", disse o soldado.
"Mas quem sabe como a outra pessoa se sente?"
"Você violou e matou a minha filha", disse a mulher.
"Não a violei. O acto foi consensual".
"Ela tinha seis anos".
"Olhe, há erros dos dois lados.
Ambos temos de viver com isso.
A sua filha morreu, o que passou passou.
E agora podia arranjar-me um pouco d’água."

   Tradução caseira.

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   A poetisa é irlandesa, nasceu em Dublin, mas desde 96 vive nos Estados Unidos em Providence, Rhode Island. É professora universitária e desenvolve um blogue surpreendente com o nome Heaven. Quanto aos versos, o poema dói.

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