A origem da devoção à Senhora das Candeias, está relacionada com a festa da apresentação do Menino Jesus no templo de Jerusalém, narrada em Lucas 2:22-40. Segundo a tradição mosaica (de Moisés), as parturientes, após darem à luz, ficavam impuras, devendo inibir-se de visitar o Templo até quarenta dias após o parto; nessa data, teriam de apresentar-se diante do sumo-sacerdote a fim de ofertarem o seu sacrifício (um cordeiro, duas pombas ou duas rolas) e assim purificarem-se. Quarenta dias depois do Natal surge o momento da purificação de Maria. O casal de Belém entrou no Templo, apresentou-se a Simeão que pegou no Menino e orou a Deus dizendo: «Agora, Senhor, despede em paz o teu servo porque os meus olhos já viram a Tua salvação, a qual preparaste ante a face de todos os povos.»
Nota: Era costume na minha infância, na província do Alentejo, manter a luz de petróleo - que era a que havia - acesa durante toda a noite e todo o dia. E quando nasci o meu pai foi à festa da Senhora das Candeias em Pias agradecer a graça de eu ter visto a luz. Não houve cordeiro, nem pombas. A tela é de Giovanni Bellini, 1430-1516.
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