António Rebordão Navarro - O poeta pede pão

um pão que saiba a pão,
se a alegria não sabe,
um pão que saiba a sol
e ao mar do sal.

 
um pão que saiba a chão,
se a amor não sabe,
um pão que saiba a seiva
e a lábio de mulher.

um pão que saiba à mão
de quem o faz.
um pão que saiba,
mesmo que pouco, a paz.

    O pão, mais que o pão de cada dia.

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