Leonard Cohen - Show me the place



Show me the place where you want your slave to go
Show me the place I've forgotten I don't know
Show me the place for my head is bending low
Show me the place where you want your slave to go.

Show me the place help me roll away the stone
Show me the place I can't move this thing alone
Show me the place where the Word became a man
Show me the place where the suffering began.

The troubles came I saved what I could save
A thread of light, a particle, a wave
But there were chains so I hastened to behave
There were chains so I loved you like a slave.


Nota: Thank you, Leonard. You dared again to describe our condition facing God, our hurting nature. We are eager to look for something to 'roll away the stone' or a fake to desguise loneliness. Do we really need to become aware?...António.

Nota: As sementes desta canção-oração estão nos Evangelhos segundo São Mateus: 28:6 'Come, see the place...', 28:2 '...roll away the stone' e São João 1:1, 14 '...where the Word became a man'. Um judeu lê o Novo Testamento frustrado com essa Nova Aliança. A antiga frustração que já existia em canções anteriores tais como: Suzanne, Who by fire e If it be your will.

Nota: Em outubro 2011, ao receber o prémio Principe das Asturias, Cohen referiu 'As I grew older, I understood that instructions came with this voice. And the instructions were these... Never to lament casually. And if one is to express the great inevitable defeat that awaits us all, it must be done within the strict confines of dignity and beauty.'

O fim




Enquanto ponto a ponto coso
uma coisa a outra coisa
tornando um o que era dois ou mais
morreram tantas ........ tantas pessoas


E eu também morri
deixando as minhas mãos
e as partes que cosi.

Pedro Tamen 


Daiva Cepauskaite


Como alcançar o paraíso

Tens de ter coragem
para escrever um poema,
tens de ter coragem
para não escrever um poema,
tens de dizer olá
e adeus,
tens de tomar vitaminas,
tens de respeitar todas as pessoas
e amar apenas uma,
mesmo que ela não o mereça,
tens de sofrer silenciosamente
e de permanecer pacientemente em silêncio,
tens de estar em silêncio quando alguém fala
e de falar quando toda a gente fica em silêncio,
tens de deitar o lixo fora,
de regar as flores,
de pagar o gás e a água,
os erros e os sucessos,
tens de dar o coração
por um olho e um olho
pelos dentes,
não deves pedir nada
quando desejas tudo,
e exigir tudo
quando não desejas nada,
tens de adormecer a horas
e de acordar a horas,
de encontrar dois sapatos para o pé esquerdo
porque os outros dois são do pé direito,
não esperar que alguém regresse
ou deixe de regressar
só porque alguém está à espera,
tens de olhar para o céu
porque ele jamais olhará
para ti,
tens de morrer porque é assim,
mesmo que não o
mereças,
tens de escrever um poema
nascido do medo
entre "sim" e "não",
vindo do "por quê",
com "para quê",
para ser "agradecido",
mesmo quando
não o merece.

Poeta nascida na Lituânia em 1967.

Paco de Lucia - La Barrosa




Quando ouço quem toca guitarra julgo sempre o sangue. Alguns executantes podiam ter seguido medicina, pintura, política ou outro 'ganha pão', mas um dia escolheram a guitarra. Foi o destino. No caso de Paco não, estava-lhe no sangue.

Xi Pan




Women in Painting by Chinese Artist Xi Pan

O pintor simbolista austriaco Gustav Klimt realma na sensibilidade da chinesa Xi Pan, uma jovem bonita, que envolve o corpo feminino de pontos de cor e luz. Há muitos artistas a  copiarem antigos mestres, na esperança de um dia apresentarem obra própria.

Li Dongming











Em todos os lugares o trabalho garante a sobrevivência. Este pintor, Li Dongming, nasceu na província chinesa de Sichuan, em 1954, e mostra o labor desse lugar em cada tela. Lugar onde Bertold Brecht imaginou na parábola 'Der gute Mensch von Sezuan' três deuses que procuravam uma alma boa.

Brenda Ascoz


se sentes que não existes,
que se extingue a tua voz quando é escutada,
que o teu corpo se apaga se ninguém o toca

se tu não existes,
a tua solidão muito menos.


Nota: A solidão profunda 'acompanhada' passa pelo passeio diário com os nossos cães mortos e o telemóvel que diz 24 vezes no ecran 'Nenhum evento'.

Lição



Imagem de Claude Liehn


Se ainda sabes
como se desfolha uma rosa,
pergunta às suas pétalas
se ao dizer flor
e perfume
dizes o mesmo nome.

Porque, se o não sabes,
é do amor que falas.

Albano Martins

Paul McCartney - Junk





Motor cars, handle bars,
Bicycles for two.
Broken hearted jubilee.

Parachutes, army boots,
Sleeping bags for two.
Sentimental jamboree.

Buy! Buy,
Says the sign in the shop window.
Why? why?
Says the junk in the yard.

Da da ya da da da,
Da da da,
Da da ya da da,
Da da da da da da da.

Candlesticks, building bricks,
Something old and new.
Memories for you and me.

Nota: O Álbum Branco já tinha de tudo um pouco e Paul resolveu tirar este tema que descreve uma lixeira. A beleza da melodia é intrigante - foi composta em 1968, na Índia. Foi pena o álbum não ser triplo.




Michael Sowa


Paintings by German Artist Michael Sowa

E não há quem acabe com esta canalha.

Luis Melendez







Os antigos teólogos católicos condenavam este género de pintura, porque os motivos não seduziam o Espírito Santo. Um pedaço de peixe não era sagrado, nem um pote de cobre, nem um punhado de cerejas. Eram apenas servos do corpo. Alguns dos teólogos eram gordos e confessavam-no e arrependiam-se, mas voltavam a pecar. Luis Melendez, pintor espanhol do século XVIII, parece provar o contrário.

Kate and Anna McGarrigle - Better Times Are Coming





Não será a música que o rei David tocava para o Senhor, mas é a que o Senhor ensinou a esta familia. A obra destas irmãs é um exemplo de como se pode ser feliz.

North Korean Children





As aves lembram-se dos tempos em que eram forçadas a piar em salas com portões de aço e janelas vigiadas. Piavam para serem exemplo e não por desejo livre. Chegavam a não gostar do que piavam e nem ouviam o que piavam. Felizmente as novas migrações já podem piar sobre os montes com árvores.

John Roddam Spencer Stanhope - 1829 - 1908




Para A.

Talvez não seja próprio vir aqui, para as páginas deste livro, dizer que te amo. Não creio que os leitores deste livro procurem informações como esta. No mundo, há mais uma pessoa que ama. Qual a relevância dessa notícia? À sombra do guarda-sol ou de um pinheiro de piqueniques, os leitores não deverão impressionar-se demasiado com isso. Depois de lerem estas palavras, os seus pensamentos instantâneos poderão diluir-se com um olhar em volta. Para eles, este texto será como iniciais escritas por adolescentes na areia, a onda que chega para cobri-las e apagá-las. É possível que, perante esta longa afirmação, alguns desses leitores se indignem e que escrevam cartas de protesto, que reclamem junto da editora. Dou-lhes, desde já, toda a razão.
Eu sei. Talvez não seja próprio vir aqui dizer aquilo que, de modo mais ecológico, te posso afirmar ao vivo, por email, por comentário do facebook ou mensagem de telemóvel, mas é tão bom acreditar, transporta tanta paz. Tu sabes. Extasio-me perante este agora e deixo que a sua imensidão me transcenda, não a tento contrariar ou reduzir a qualquer coisa explicável, que tenha cabimento nas palavras, nestas pobres palavras. Em vez disso, desfruto-a, sorrio-lhe. Não estou aqui com a expectativa de ser entendido. Eu próprio procuro ainda essa compreensão. Estou aqui apenas com o meu rosto, o meu olhar parado, a minha figura. Tudo aquilo que tenho para dizer está por detrás dessa imagem. Hoje, esse é o alfabeto com que realmente escrevo, o significado. Escrevo também com uma grande quantidade de elementos invisíveis, que chegam à pele e a atravessam. É dessa forma que sinto aquilo que tenho para dizer, pele e para lá da pele.


José Luís Peixoto in, Abraço


O Google





A memória universal ao alcance de todos vai escondendo a escravização ao vazio. Os mais velhos estão atónitos com as facilidade de ilusão de cultura, de abundância sem ferramentas nem esforço. Esmorece o desejo antigo de fecundar e desce do céu a obra acabada em três cliques. Como um homem rico que compra por comprar para manter o luxo, não precisamos de nada.
.

Katharine Cameron - 1874-1965

010-La historia de la emperatriz Flavia-Legends and stories of Italy for children 1909- Katharine Cameron
Para viver é preciso deixar de viver.


Nota: A dor é, para muitos especialistas, o quinto sinal vital, a seguir à frequência cardíaca, à frequência respiratória, pressão arterial e temperatura. Mas não é a dor física que doí.

O imperdoável é um sujeito subtil. Move-se magro entre a gente. Não se diz, não se expressa, não se sente. Criminoso discreto, é sobretudo um assassino. Lento, pouco espectacular. Morte é isto. Além de terrores nocturnos e suores inalcançáveis. Morte é usar a linguagem para coisa nenhuma. Morte é o corpo, sem sentido, hirto por mero acaso da evolução. Morte é isto, mar e rio serem tanto a mesma coisa. Só há margens, separadas, separadas, separadas. Morte é esta bomba, a acontecer em público, tão tranquila. Morte é dinamite que quase não explode. Morte é isto, esta distância entre aqui e lá, um curto-circuito menor em beleza do que as trovoadas. Morte é o hiato absurdo entre um ser e a sua memória. Dizem que ela nos conta. Nada conta quando tudo é morte. Morte é isto, esta fronteira que se perde de vista, que não tem vista. Morte é os olhos não serem nada, não verem nada, não se olharem sequer. Morte é isto, um nome existir só em letras lapidares. Morte é uma dama gelada toda genitália. A fertilidade estilhaçada contra um vidro. Morte é isto, ser o vidro e a fertilidade e a mulher ausente e a ferida do vidro. Morte é chegar a casa naturalmente, como se o exterior e o interior não se distinguissem. Não ter dono nem querer tê-lo. Morte é sem perdão. Terrores nocturnos e suores inalcançáveis. Ou então isto. 

 .........Clara Pinto Caldeira

Jian Chong Min







Paintings by Chinese Artist Jian Chong Min


Este pintor chinês escolhe o bambu e dá-lhe luz e sombra entre passagens de água. Nas telas alguém vai a caminho de um lugar, onde se sentirá mais seguro e menos só. A tradição oriental diz que pela cana ascende e descende o fogo sagrado de acordo com os méritos do coração, e que dentro dela está a sabedoria dos quatro rios do Éden.
 
 

António Pinho Vargas - Dança Dos Pássaros




Os passitos das aves nos dedos. Neles, também as veias se assemelham às do meu pai quando podava as videiras e as árvores.

Oração em resumo



 




Senhor, permite que adormeçamos
antes que feches a luz,
que os rebanhos estejam recolhidos
e os credores se tenham afastado da nossa porta,
mas que tenhamos pago as dívidas aos que nos serviram
e aos que nos amaram e aos que nos esperaram;
as tuas grandes mãos sustentarão o telhado e as paredes
e moerão o grão e fermentarão o trigo,
apaga com as tuas mãos o nosso rasto
e que repousemos
sem motivo para nos culparmos
por não termos sido felizes.



Manuel António Pina

Jamaica Street, Glasgow -1901



A luz interior




Dust motes dancing in the sunbeams - Vilhelm Hammershøi

 A woman reading by a window - Vilhelm Hammershøi

Nunca mais
A tua face será pura, limpa e viva
Nem o teu andar como onda fugitiva
Se poderá nos passos do tempo tecer.
E nunca mais darei ao tempo a minha vida.
Nunca mais servirei Senhor que possa morrer.
A luz da tarde mostra-me os destroços
Do teu ser. Em breve a podridão
Beberá os teus olhos e os teus ossos
Tomando a tua mão na sua mão.
Nunca mais amarei quem possa viver
Sempre.
Porque eu amei como se fossem eternos
A glória, a luz e o brilho do teu ser,
Amei-te em verdade e transparência
E nem sequer me resta a tua ausência,
És um rosto de nojo e negação
E eu fecho os olhos para não te ver.
Nunca mais servirei Senhor que possa morrer.
.Sophia de Mello Breyner

Cesar Franck - Prelude, Fugue, et Variation Op18






Que instrumento serve melhor esta obra, orgão, piano ou guitarra? As transcrições abundam acrescentando maiores ou menores dificuldades técnicas de execução. A fonte diz, que Cesar Franck a compôs originalmente para um duo de piano e harmonium em 1862, reescrevendo tudo depois para orgão e piano solo. É agradável este desdobramento a dois em nylon, porque permite uma sonoridade diferente. Dedicada a Marie Poitevin é um todo muito bonito. O desejo de um bom trabalho à Lara e ao Diogo que a estão a estudar e a vão executar.

Lya Luft




'A vida é maravilhosa, mesmo quando dolorida.'


Nota: Os escravos não diriam o mesmo, nem quem está vivo e já morreu. A pátria ferida e a perna de pau. Absolutamente certo para quem ama.

A inocência romântica




O pintor romântico francês Paul Delaroche, 1797-1856, captou o espírito da natureza no sentido de Rousseau. A terra, o corpo, a luz, as florinhas vermelhas na mais bela criação do nosso Pai.


Jorge de Sena por Samuel Úria





Uma pequenina luz bruxuleante
não na distância brilhando no extremo da estrada
aqui no meio de nós e a multidão em volta
une toute petite lumière
just a little light
una picolla... em todas as línguas do mundo
uma pequena luz bruxuleante
brilhando incerta mas brilhando
aqui no meio de nós
entre o bafo quente da multidão
a ventania dos cerros e a brisa dos mares
e o sopro azedo dos que a não vêem
só a adivinham e raivosamente assopram.
Uma pequena luz
que vacila exacta
que bruxuleia firme
que não ilumina apenas brilha.
Chamaram-lhe voz ouviram-na e é muda.
Muda como a exactidão como a firmeza
como a justiça.
Brilhando indefectível.
Silenciosa não crepita
não consome não custa dinheiro.
Não é ela que custa dinheiro.
Não aquece também os que de frio se juntam.
Não ilumina também os rostos que se curvam.
Apenas brilha bruxuleia ondeia
indefectível próxima dourada.
Tudo é incerto ou falso ou violento: brilha.
Tudo é terror vaidade orgulho teimosia: brilha.
Tudo é pensamento realidade sensação saber: brilha.
Tudo é treva ou claridade contra a mesma treva: brilha.
Desde sempre ou desde nunca para sempre ou não:
brilha.
Uma pequenina luz bruxuleante e muda
como a exactidão como a firmeza
como a justiça.
Apenas como elas.
Mas brilha.
Não na distância. Aqui
no meio de nós.
Brilha.

Hengxing Xie




 








Nasceu em 1959 no Tibete. É conhecido por pintar o arco-íris das roupas tradicionais tibetanas. Os animais e a natureza sentem inveja da alegria das cores, dos adornos nos cabelos, nos peitos e ventres. 

Theo Jansen





Este escultor holandês lembra o velho Leonardo. Louco? Artista? Não sei. O que sei é que quase todos os dias passa por mim um animal destes que me deixa entre o espanto e o medo. Os tubos podem não ser de plástico amarelo como aqui, mas o efeito final é igual: excesso. A praia é da água, da areia, do vento, das conchas e das pedrinhas.

Fritz Zuber-Buhler


Fritz_Zuhber_Buhler-Innocence



Se tanto me dói que as coisas passem 
É porque cada instante em mim foi vivo 
Na busca de um bem definitivo 
Em que as coisas de Amor se eternizassem.

Sophia de Mello Breyner

Livro da Sabedoria - 6, 12-16




 Pintura de Karl Witkowski


A Sabedoria é luminosa e o seu brilho é inalterável;
deixa-se ver facilmente àqueles que a amam
e faz-se encontrar aos que a procuram.
Antecipa-se e dá-se a conhecer aos que a desejam.
Quem a busca desde a aurora não se fatigará,
porque há-de encontrá-la já sentada à sua porta.
Meditar sobre ela é prudência consumada,
e quem lhe consagra as vigílias depressa ficará sem cuidados.
Procura por toda a parte os que são dignos dela:
aparece-lhes nos caminhos, cheia de benevolência,
e vem ao seu encontro em todos os seus pensamentos.

Benjamin Britten - Violin Concerto / Janine Jansen, violin



Splendor in the grass - Elia Kazan





'What though the radiance
which was once so bright
Be now for ever taken from my sight,
Though nothing can bring back the hour
Of splendour in the grass,
of glory in the flower,
We will grieve not, rather find
Strength in what remains behind;
In the primal sympathy
Which having been must ever be;
In the soothing thoughts that spring
Out of human suffering;
In the faith that looks through death,
In years that bring the philosophic mind'

William Wordsworth   in, Ode: Intimations of Immortality

Franz Xavier Winterhalter


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Guardei-me para ti como um segredo
Que eu mesma não desvendei:
Há notas nesta guitarra que não toquei,
Há praias na minha ilha que nem andei.
É preciso que me tomes, além do riso e do olhar,
Naquilo que não conheço e adivinhei;
É preciso que me ensines a canção do que serei
E me cries com teu gesto
Que nem sonhei. 



Lia Luft


Nota:'Não existe isso de homem escrever com vigor e mulher escrever com fragilidade. Puta que pariu, não é assim. Isso não existe. É um erro pensar assim. Eu sou uma mulher. Faço tudo de mulher, como mulher. Mas não  sou uma mulher que necessita de ajuda de um homem. Não necessito de proteção de homem nenhum. Essas mulheres frageizinhas, que fazem esse género, querem mesmo é explorar seus maridos. Isso entra também na questão literária. Não existe isso de homens com escrita vigorosa, enquanto as mulheres se perdem na doçura. Eu fico puta da vida com isso. Eu quero escrever com o vigor de uma mulher. Não me interessa escrever como homem.' Lia Luft

Evelyn De Morgan - 1855-1919




Evelyn de Morgan é de nacionalidade inglesa e pertencente ao grupo dos Pré-Rafaelitas, que muitas vezes são acusados de pintarem sempre os mesmos temas, assuntos, motivos e da mesma maneira. É certo que há insuficiência ou excesso, mas o que permanece é belo.
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Sem ti


É um fardo aos ombros 
o corpo, sem ti.
Até o amarelo
dos girassóis se tornou cruel. 
Não invento nada,
na arte de olhar
a luz é cúmplice da pele.

Eugénio de Andrade

Mama de que color son los besos



Zhang Biao








A força redutora das imagens: não têm local, ar, não cheiram e são sempre em segunda mão. Os cartões de memória guardam milhões diariamente. Estes quadros de Zhang Biao explicam a distância do cachimbo de Magritte. Nada iguala o estar lá. 
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