ponho-os na boca
ponho-os no coração
Trago os instrumentos da respiração
- Uma montanha, uma árvore que lhe dá abrigo -
E suspendo-os nos ramos como pinhas que dão sombra
Um lugar fresco para os deportados de Sião nas margens
Trouxe também os instrumentos dos mineiros
Uma luz na cabeça voltada para o pensamento
Um olhar profundo
O modo prisioneiro de virem livremente para fora
E trago todos os instrumentos na circulação do sangue e na ocupação
(permanente
Das mãos
Para o instrumento difícil
do silêncio
Daniel Faria in, Poesia
Nota: Trazer o melhor de nós com poucas palavras. Ouvir os outros, pensar limpo e activar as palavras apenas necessárias. Despojar. A vida é mais suportável assim.
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