Lírica galego-portuguesa - Ai flores, ai flores do verde pinho

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Ai flores, ai flores do verde pino,
Se sabêdes novas do meu amigo!
Ai Deus, e u é?

Ai flores, ai flores do verde ramo,
Se sabêdes novas do meu amado!
Ai Deus, e u é?

Se sabêdes novas do meu amigo,
Aquele que mentiu do que pôs comigo!
Ai Deus, e u é?

Se sabêdes novas do meu amado,
Aquele que mentiu do que me há jurado!
Ai Deus, e u é?

- Vós me preguntades pelo voss’ amigo?
E eu bem vos digo que é san’, e vivo.
Ai Deus, e u é?

Vós me preguntades pelo voss’ amado?
E eu bem vos digo que é vivo e sano.
Ai Deus, e u é?

E eu bem vos digo que é san’, e vivo.
E será vosc’ ant’ o prazo saído.
Ai Deus, e u é?

E eu bem vos digo que é viv’ e sano
E será vosc’ ant’ o prazo passado..
Ai Deus, e u é?

Nota: A voz é de Helena De Alfonso e a canção foi publicada no primeiro disco do grupo 'Barahunda', em 2002. A dor e o conforto medieval na pena de El Rey D. Denis. Um dos primeiros momentos mais belos da cultura portuguesa. E é eterno. 

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