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Pintura de Daniel Gerhartz
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Pintura de Mickie Acierno
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Creio que o que de mais importante podemos testemunhar e despertar na vida uns dos outros é aquilo que a escritora Maria Gabriela Llansol chama, na sua linguagem inesquecível, «a luta quotidiana pelo fulgor».
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O fulgor não é uma evanescência, nem resulta de um qualquer errático acaso.
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É um combate, o fulgor.
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É um esforço de todos os dias esta procura de luz, de intensidade, este desejo de uma cintilação na paisagem baça e opaca que, tantas vezes, parece ser a única que nos resta.
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O fulgor abre-nos a uma compreensão maior do próprio tempo.
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Liga-nos ao que está mais adiante ou mais fundo. Rompe brechas.
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Faz-nos teimosamente repetir: “não pode ser só isto."
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José Tolentino Mendonça
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