Como
a luz numa caixa de laranjas
ou a
chuva sobre a mesa de verduras no mercado,
desce
a manhã neste jardim, descalça,
e as
flores que traz, na involuntária beleza,
parecem,
contra seu o corpo de verão enfunado,
musgo,
limo, ferrugem, as feridas que os pássaros
abrem
na casca lisa e perfeita de um fruto.
A tela é de Louis Marie de Schryver.

Sem comentários:
Enviar um comentário