Disponho
a minha esperança na água
neste
pequeno barco
da
linguagem, tal como alguém pode pôr
um
menino
num
cesto de folhas iridescentes
entrançadas
com
o fundo calafetado
com
betume e resina,
colocando
depois o conjunto entre
as
junças
e os
juncos da margem
de
um rio
apenas
para que vá daqui para ali
sem
saber onde pode acabar;
no
colo, talvez,
de
alguma filha do Faraó.

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