morreu-se-me
de mim
bastante,
mas não demasiado
que
o pouco que ficasse
não
desse a mão ao
muito
que se foi e
recompusesse
algo de
parecido
comigo que
de
novo a vida
se
preparasse para morrer
Bénédicte Houart, filha de pai belga e mãe portuguesa, nasceu
em Braine-le-Conte, uma pequena cidade nos arredores de Bruxelas, em 1968.
Mudou-se ainda na infância para Portugal, em 1975, onde tem vivido desde então.
Crescendo bilíngue, adotou a língua portuguesa por pátria, como diria Pessoa. Neste
poema mostra-nos como a vida é um desenrolar de reconstruções e sofrimento.

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