Ó
sino da minha aldeia,
Dolente
na tarde calma,
Cada
tua badalada
Soa
dentro da minh’alma.
E é
tão lento o teu soar,
Tão
como triste da vida,
Que
já a primeira pancada
Tem
o som de repetida.
Por
mais que me tanjas perto
Quando
passo, sempre errante,
És
para mim como um sonho,
Soas-me
na alma distante.
A
cada pancada tua,
Vibrante
no céu aberto,
Sinto
mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.
No poema, cujo tema é a nostalgia da infância, o sujeito
poético, ser errante recorda o passado, tempo de felicidade, como um bem
perdido. Ouvir as três senhoras do grupo Maria Monda é um prazer.
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