Não
há mais sublime sedução do que saber esperar alguém.
Compor
o corpo, os objectos em sua função, sejam eles
a
boca, os olhos, ou os lábios. Treinar-se a respirar
florescentemente.
Sorrir pelo ângulo da malícia.
Aspergir
de solução libidinal os corredores e a porta.
Velar
as janelas com um suspiro próprio. Conceder
às
cortinas o dom de sombrear. Pegar então num
objecto
contundente e amaciá-lo com a cor. Rasgar
num
livro uma página estrategicamente aberta.
Entregar-se
a espaços vacilantes. Ficar na dureza
firme.
Conter. Arrancar ao meu sexo de ler a palavra
que
te quer. Soprá-la para dentro de ti ------------
-------------- até que uma dor alegre recomece.

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