Umar Abass - O rio

 


Há tardes em que sinto o rio, aqui no coração,

e sinto-o como sinto que estou velho.

Mas o rio passa e volta a passar, alheio a mim,

enquanto nas margens a tarde deixa uma luz tíbia

e um cheiro a lodo, a flores secas.

Sim, este é o rio,

o que vem com as sombras,

o que mói as sombras,

o que as sombras arrasta.


      Tente encontrar luz nas sombras, Sr. Umar. E na luz conhecimento, beleza e mistério. Deus anda mesmo por ali. 


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