De
um lado terra, doutro lado terra;
De
um lado gente, doutro lado gente;
Lados
e filhos desta mesma serra,
O
mesmo céu os olha e os consente.
O
mesmo beijo aqui, o mesmo beijo além;
Uivos
iguais de cão ou de alcateia.
E a
mesma lua lírica que vem
Corar
meadas de uma velha teia.
Mas
uma força que não tem razão,
Que
não tem olhos, que não tem sentido,
Passa
e reparte o coração
Do
mais pequeno tojo adormecido.
Pintura de Rui Albuquerque
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