–
Fica-te tão bem o dia que trazes.
Onde
é que o arranjaste?
–
Fui eu que fiz.
Já
me aborreciam os dias sempre iguais, sempre a mesma coisa, e resolvi arriscar
um toque personalizado.
– E
como fizeste?
–
Aproveitei coisas que tinha e a que voltei a dar uso.
Subi
as bainhas da manhã para deixar entrar mais claridade e bordei uns pontos de
exclamação nos bolsos para ter sempre à mão maneira de me espantar com a beleza
da vida.
Descosi
velhos hábitos e teci algumas considerações importantes, como a de apanhar as
malhas caídas dos dias com força de vontade e coragem.
Depois,
junto à fímbria da noite, deixei abertos uns rasgos de imaginação e prendi os
sonhos com colchetes de luz à esperança num mundo melhor.
in, Costurando
a vida
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