Carmelo Guilén Acosta - Biografia

 


De repente, suponde-me uma árvore.

Não dessas em que fazem ninho os pássaros

ou que vivem cercadas de atenções.

Uma árvore, sim, de que pendem

restos de ternura, folhas secas,

corações perdidos, versos

que a ninguém servem de consolo.

Feita e direita

uma árvore de sobras

a cuja sombra se abrigam as pessoas.

Uma bela árvore inútil

sem outro fruto senão ilusões.

Humana, ali à mão de semear.


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