O
homem que vejo agora a andar pelo passeio
é o
homem que não sei se vai ou vem.
Se
chegará aqui,
se
vem para partir ou talvez para ficar,
se é
que vem.
Caminha
de perfil, como um egípcio,
e
por isso não identifico o sentido dos seus passos.
Para
mim ou para longe.
Para
mim ou para nunca.
Eu
poderia esperar
ou
descer à rua e pôr-me à sua frente.
Mas,
feitas as contas, para quê
se
nunca suportei os indecisos.
Fechei
a minha porta dando duas voltas à chave.
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