Vai chegar a manhã.
A luz treme nos arbustos.
Algas, seixos, limos guiam pelas fragas
a água sem fundura, o ardor levantino do anil.
Ouves correr poalhas de bruma?
Silêncios do vento que renasce?
Seguro na mão que não seguras:
uma lâmina de fogo, um erro de árvores e olhas-me.
Pouso os lábios no teu pulso para sentir o coração.
É tão perigoso ser feliz.
in, Uma luz com um toldo vermelho
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