Hart Crane - Carta do mensageiro

 

As minhas mãos não tocaram água desde que as tuas mãos,-

Não; - nem os meus lábios voltaram a libertar o riso desde o "adeus".

E, com o tempo, a distância novamente

interpõe-se entre nós, muda como uma concha desfeita.


Contudo, - muito se segue, muito perdura e confia apenas nos pássaros:

as asas de uma pomba fecharam-se sobre o meu coração a noite passada

com uma suavidade urgente; e a pedra azul

do anel da promessa tem brilhado desde então muito mais.


Sem comentários:

Arquivo do blogue