Quando finalmente percebes que a alegria não é um espetáculo
de fogos de artifício, mas o suave piscar de um pirilampo; que ela não é uma
orquestra estrondosa, mas o sussurro de um canto de pássaros ao amanhecer —
então ela passa a visitar-te mais vezes. A alegria não compete com o frenético
ritmo da vida; ela não se esgota no brilho ou na novidade. Ela encontra fôlego
no essencial, reluz no simples e dança no cotidiano.
Há anos, meu amigo, a alegria tem acenado. Estavas ocupado demais, para perceber. Da próxima vez que ela se envolver ao teu redor com o calor sereno de um abraço, enquanto o jardim acolhe o teu corpo cansado, oferece-lhe uma receção calorosa. Não podes forçá-la a ficar, mas, se fores um anfitrião generoso, a alegria sempre encontrará o caminho de volta.
A tela é de Nicolet Boon
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