Rasga
este poema depois de o leres.
E
depois espalha os bocados
pelo
vasto mundo
ou
então na tua rua, vai à aldeia, à praia,
atira-o
ao mar, deita-o ao lixo,
para
que venha o vento, o sol, a chuva, os homens do lixo,
acabar
com ele de vez.
Passado
um dia,
sai
de casa e procura
encontrá-lo
de novo.
Poeta do Porto, com sotaque do lugar, falecido em 2020. Um homem que ao comer uma cereja sentia que queria comer todas as cerejas do mundo. O poema desconstrói-se e renasce na necessidade de viver.
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