Ana Paula Ribeiro Tavares

 


Esperei-te do nascer ao pôr do sol

e não vinhas, amado.

Mudaram de cor as tranças do meu cabelo

e não vinhas, amado.

limpei a casa, o cercado

fui enchendo de milho o silo maior do terreiro

balancei ao vento a cabaça da manteiga

e não vinhas, amado.

Chamei os bois pelo nome

todos me responderam, amado.

Só a tua voz se perdeu, amado,

para lá da curva do rio

depois da montanha sagrada

entre os lagos.


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