há janelas atrás dos gatos
e outras
são narrativas das nossas mentes
há narrativas que julgamos
serem a verdade de outras janelas
onde se vê passar o silêncio
mas os silêncios
são cúmplices e conjugam-se
nos sentidos mais felinos em que só o homem confia
espelhadas e saqueadas ficam
pelos movimentos das janelas vizinhas
mas o que fica
é o poema de um gato negro à janela.
O quotidiano oferece variados momentos poéticos, que ao entrarem nos sentidos deixam
de ser momentos para serem poesia. O poeta, a caneta e o papel apenas
os eternizam.
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