Portar-me, perante a dor, como essa amendoeira
que, ferida pelo machado, sente cair os ramos,
aos quais não voltarão mais os gorjeios.
Ser, como ela, taça de luz,
espera fecunda,
paciência milenar
que sabe que o sol de março há-de regressar
e florir-lhe a alma,
e encher de perfume as suas feridas.
in, Do trapézio, sem rede
Sem comentários:
Enviar um comentário