Acordar um belo dia e descobrir
que a turva ameaça que tanta morte trouxe
por tanto tempo à nossa vida
não nos mira já com seus olhos fixos,
terríveis.
O que se passa?
Como se fez este silêncio puro em casa,
este sossego que já tinha esquecido?
Quem abriu a varanda e pôs lá
aquele vaso de gerânios vermelhos?
De verdade que entra pela sala,
devagar, um sol muito doce e afaga
o soalho, este sofá, as minhas mãos, a cabeça,
o meu peito que agradece, o coração que canta?
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