Espero o alvorecer que
me há-de devolver todas as aves que perdi.
A meu lado descansa a
penumbra que alonga os seus braços ao copo vazio,
sobre a velha secretária do avô.
sobre a velha secretária do avô.
Estou sentada e penso na
época das certezas mais antigas,
das crenças que traçava em todos os gestos que inventava.
das crenças que traçava em todos os gestos que inventava.
Estou parada neste
tempo, o tempo da minha casa, do meu corpo, ajustado ao espaço,
às paredes nuas, ao silêncio dos gatos adormecidos.
às paredes nuas, ao silêncio dos gatos adormecidos.
Estou sentada e olho a
minha própria presença, perdida nesta ausência sossegada.
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