Todos nós temos malas
como estas. Uma vez foram connosco quando partimos e decorria um momento de
iniciação ou consolidação da vida. Hoje, elas não estão no sótão ao pó mas no armário da memória. Umas pesam mais outras menos, sobretudo pesam as que nunca conseguimos
deitar fora. O pintor é israelita.
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Carlos Drummond de Andrade
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