Enquanto falam de literatura, a grande puta,
os professores falam uma língua invisível,
cerrada em versos que os antepassados
deviam ter escrito – e não escreveram.
Labirintos, aquários, metáforas, ventanias,
varandas nas colinas, tudo roubam como
assaltantes sem método, nem glória, nem
música, nem conhecimento da beleza que
incendeia os bosques e ilumina os caminhos.
Enquanto falam de literatura, a grande puta,
a luz negra tudo apaga, tudo esconde e suja.
Mata-nos muito, a literatura – de tédio
ou de medo, ou de um horror que aprofunda
o que nos separa: isto e a vida, sempre.
Se é professor de Língua Portuguesa não leia este soneto, se gosta de critica literária também não, não o leia. Acusam-no de falar, analisar ou criticar sobre o que não está escrito. Há escritores que tratam a literatura por 'a grande virgem'. Nada a fazer.
Se é professor de Língua Portuguesa não leia este soneto, se gosta de critica literária também não, não o leia. Acusam-no de falar, analisar ou criticar sobre o que não está escrito. Há escritores que tratam a literatura por 'a grande virgem'. Nada a fazer.
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