Esperas que o anjo pouse, e te abrace
com o seu tédio de asas. Entregas-lhe
os teus lábios abertos como a flor
saciada de água. Abres-lhe o teu corpo,
com o seu tédio de asas. Entregas-lhe
os teus lábios abertos como a flor
saciada de água. Abres-lhe o teu corpo,
para que ele pouse no copo dos teus
seios, e beba o licor da primavera.
«Quem és tu?» perguntas-lhe, «anjo
ou demónio?» E não te responde;
seios, e beba o licor da primavera.
«Quem és tu?» perguntas-lhe, «anjo
ou demónio?» E não te responde;
segura-te a mão; puxa-te para o
canto. Vais atrás dele, sem saber se
há regresso. Pedes-lhe que não olhe
canto. Vais atrás dele, sem saber se
há regresso. Pedes-lhe que não olhe
para trás, que se esqueça do mundo.
E ambos se afastam, sem dar resposta,
como tivessem decidido, e o soubessem.
E ambos se afastam, sem dar resposta,
como tivessem decidido, e o soubessem.
in, O Breve sentimento do eterno
Lidar com os anjos e os demónios sem dizer nunca "te renego", "credo, cruzes" ou "eis aqui o escravo do Senhor". Eles são parte de nós e resta aprender a estar na sua companhia, mesmo que breve.
Lidar com os anjos e os demónios sem dizer nunca "te renego", "credo, cruzes" ou "eis aqui o escravo do Senhor". Eles são parte de nós e resta aprender a estar na sua companhia, mesmo que breve.
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