Quando a criança era criança
andava com os braços a baloiçar.
Queria que o ribeiro fosse um rio,
que o rio fosse uma corrente,
e que esta poça fosse o mar.
Quando a criança era criança,
não sabia que era criança.
tudo era cheio de vida
e toda a vida era uma.
Quando a criança era criança,
não tinha opinião de nada.
Não tinha hábitos, ficava muitas vezes
sentada de pernas cruzadas,
fugia, tinha um remoinho no cabelo
e não fazia uma cara sorridente
quando tirava fotografias.
Queria que o ribeiro fosse um rio,
que o rio fosse uma corrente,
e que esta poça fosse o mar.
Quando a criança era criança,
não sabia que era criança.
tudo era cheio de vida
e toda a vida era uma.
Quando a criança era criança,
não tinha opinião de nada.
Não tinha hábitos, ficava muitas vezes
sentada de pernas cruzadas,
fugia, tinha um remoinho no cabelo
e não fazia uma cara sorridente
quando tirava fotografias.
Excerto do poema de Peter Handke, recitado no início do filme As Asas do Desejo, "Der Himmel Über Berlin" de 1987, realizado por Wim Wenders. O tempo tudo cura. Mas como se ele é a origem da doença? Não, talvez o tempo não exista.
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