El
Amor Brujo é uma obra de ballet cigano designada por ‘gitaneria’e que foi
encomendada a Manuel de Falla (1876-1939) a pedido da coreógrafa e bailarina
cigana Pastora Imperio (1889-1979), uma das maiores representantes
do folclore flamenco de todos os tempos. A obra original foi composta
para um grupo de câmara com estreia no Teatro Lara de Madrid, em 15 de Abril de
1915, sem receber o agrado geral.
Por
essa razão, poucos anos depois, De Falla compôs uma segunda versão para suíte
sinfónica e mezzo-soprano, com libreto original de Gregorio Martínez Sierra.
Agora, em ‘pantomímico ballet’ a obra revelava um caracter andaluz cru, com
momentos de beleza e originalidade em cante
jonde que incluiam a famosa
Dança Ritual do Fogo (que começou por ter o nome de ‘Dança do fim do dia’), a
Canção do Fogo Fátuo e a Dança do Terror. Os textos foram escritos em dialeto
cigano-andaluz.
A
história é tipicamente cigana: amor, traição e sangue. Candela apaixona-se por
Carmelo depois do marido morrer e o espirito deste visita-a em forma de
fantasma. A comunidade cigana em solidariedade, junta-se à noite em roda
à volta de uma fogueira. E, é neste círculo que Candela põe em prática o Ritual
da Dança do Fogo de modo a que o fantasma possa aparecer e com ela possa
dançar. À medida que gira mais e mais rápido em volta da fogueira, a magia da
dança do fogo faz com que o fantasma seja arrastado para as chamas, fazendo com
que desapareça para sempre.
De
Falla, amigo de Federico García Lorca, tentou evitar a sua morte em 1936,
durante a Guerra Civil Espanhola. Depois desta terminar, exilou-se por vontade
própria na Argentina onde veio a morrer em 1939. Os restos mortais vieram para Espanha,
em 1947, e estão sepultados na catedral de Cádis.
Em
1986, o realizador espanhol Carlos Saura passou a história de El Amor Brujo
para filme.
Nota: Para a Lara Nunes, que toca uma parte da obra na Guitarrafonia.
Saber o conteúdo é um passo importante para sentir um maior envolvimento
na interpretação.
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