Éramos os eleitos do
sol
E nem demos
conta
Fomos eleitos da mais alta
estrela
E não soubemos corresponder ao seu
presente
Angústia de
impotência.
A água nos
amava
A terra nos
amava
As selvas eram
nossas
O êxtase era o nosso espaço
próprio.
O teu olhar o universo frente a
frente
A tua beleza o som do
amanhecer
A Primavera amada pelas
árvores
Agora somos tristeza
contagiosa.
Uma morte antes de
tempo.
A alma que não sabe em que lugar se
encontra
O Inverno nos ossos sem um
relâmpago
E tudo isto, porque tu não soubeste o
que é a eternidade
Nem compreendeste a alma da minha alma no seu barco de névoa
No seu trono de águia ferida de
infinito.
Poeta chileno. 1893—1948
Poeta chileno. 1893—1948
Nota: É preciso evitar ser assim tão claro. Onde está a antiga capacidade de fingir, talvez não seja assim: talvez a água ainda nos ame.
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