Tu não sabes, há bétulas que arrancam as raízes à noite, enquanto
as árvores caminham e viram sonhos.
Pensa que na árvore há um violino de amor.
A árvore ri-se e canta.
A árvore mora numa fenda e depois torna-se vida.
Já te disse, os poetas não se redimem, deixa-os voar pelas árvores
como rouxinóis prestes a morrer.
Poetisa italiana. Milão, 1931–2009
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