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Sebastiano Ricci
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Annibale Carracci
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Joseph-Marie Vien
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O livro de Daniel,13 conta-nos a história de uma judia acusada injustamente de promiscuidade. De nome Susana, era rica, muito bela e temente a Deus. Certa tarde, enquanto tomava banho nua nas águas do jardim da sua casa, e tendo dispensado as suas leais damas-de-companhia, dois anciãos libidinosos observam-na secretamente. Os portões do jardim tinham sido fechados.
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Surpreendida com a presença dos dois homens e com o manifesto desejo deles pelo seu corpo, recusou-os. Então, os portões abriram-se e os anciãos difamaram-na ao marido, por vingança. 'Ela estava com um homem e pecou com ele!' disseram.
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Reunida a Assembleia do Povo, Susana foi condenada à morte. Só que de súbito, olhou o céu, implorou a Deus e Ele ouviu a sua oração. No fim da tarde, quando era levada para a morte, o Senhor salvou-a ao activar a Justiça num rapaz de nome Daniel.
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E Daniel pediu à Assembleia 'Colocai os dois um bem distante do outro, que vou julgá-los'. Assim, depois de terem isolado um do outro, Daniel falou com o primeiro 'Ó homem envelhecido na malícia, os teus pecados vão aparecer agora; pois, se viste mesmo, dize debaixo de qual árvore viste?' Ele respondeu 'Debaixo de uma aroeira.'
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Daniel fez vir o outro e disse-lhe 'Geração de Canaã, não de Judá! A beleza feminina desnorteou-te, a paixão fez-te perder a cabeça. Era assim que fazíeis com as mulheres de Israel e elas, como medo, entregavam-se aos vossos desejos, mas esta filha de Judá resistiu às vossas indecências! Dize-me, então, debaixo de que árvore apanhaste os dois entretendo-se?' Ele respondeu 'Debaixo de um carvalho'.
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O acontecido estava provado pelas próprias bocas. Toda a multidão começou a aclamar e dar louvores a Deus, que salva os que nele confiam. De seguida, fizeram aos dois, o que antes queriam fazer a Susana. E Daniel tornou-se grande diante do povo.
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