As histórias
que contavas lá da aldeia
a
bola no telhado da vizinha
o
branco no amarelo da eira e a calça sem bainha
A
varanda e a calça sem bainha a semana
na
baía a pesca à linha a vizinha,
o
que querias da montanha.
Que
pensamento querias da montanha
fugiste
um dia p´ra Kilimanjaro
seria
o jeito sábio dum cocoana
a
falar sob um céu claro a marimba,
a
falar sob um céu claro
a
madeira, de pau preto um aparo
a
montanha vou de boleia em boleia.
Agora
vou de boleia em boleia
agora
vou voltar a ser menino
parar,
ouvir silêncios sobre a areia
visitar-te
em S. Francisco
Sobre
a areia, visitar-te em S. Francisco
lua
cheia a subir tudo o que lembro
a
gavinha, numa noite de Dezembro.
Deixaste
o sol na praia de Inhambane
no
cais da ponte o dia do vapor
amigos
que p´ra longe a pátria bane
num
retrato de esplendor
Ventoinha,
num retrato de esplendor
cazuarina,
quinino saga e calor
a
cantina com o sabor ,o leitor
e
fico com o sabor das leituras
percorro
a vossa esteira pelo mar
com
um baú de histórias de aventuras
vou
morrer em Zanzibar.
Uma nostalgia do Portugal colonial? Não.
Sem comentários:
Enviar um comentário