Irene Sánchez Carrón - Silhueta por trás da janela

 

   


Que não saiba a rosa que a contemplas

nem saiba a água da tua sede.


Que as nuvens

não se sintam a correr

no azul profundo dos teus sonhos.


Que não saiba jamais o mar

que o teu ser palpita ao ritmo das ondas.


A montanha,

que não te ouça suspirar lá no seu peito.


O bosque,

que ignore que podia extraviar-te.


Que não saiba a terra como olhar

os seus frutos mais saborosos

e festejem os teus olhos a sua beleza

sem que ela saiba.


Sem comentários:

Arquivo do blogue