Xabier Díaz & Adufeiras de Salitre - Cantiga da Montaña

 


Ó pasar pola túa porta levo presa e vou correndo

Porque non digan teus pais que de amores te pretendo

Ó pasar pola túa porta levo presa e vou correndo.


Dende aquí te estou mirando cara cara, frente a frente

E non che podo dicir o que o meu corazón sente

Dende aquí te estou mirando cara cara, frente a frente.


Neste lugarín pequeno amores hei de encontrar

Ou no pico ou no fondo ou no medio do lugar

Neste lugarín pequeno amores hei de encontrar.


Polo sol mándoche cartas pola lúa saudades

polas estrelas do ceo memorias que te regales

Polo sol mándoche cartas pola lúa saudades.


      O folclore da Galiza é estranho, mas adorável. Na Galiza, muito do que parece ser, não é. Pedras curam doenças. O fogo purifica o espírito e a sua fumaça absorve males do corpo e do espírito e leva-os embora para o além. A água cura, principalmente se for a do orvalho da noite de São João. As cinzas remediam males do corpo e espírito. A lua torna férteis as mulheres. Os barcos de pedra conseguem flutuar no mar. Duendes travessos assustam animais, fazem chover e brincam com bebés. Serpentes mágicas voam, mas só depois de adultas. Sedutoras feiticeiras vivem em povoados abandonados à busca das almas dos que por lá passam.


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